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Fundada por Cristo, a Igreja Católica sediada no Vaticano, conta com aproximadamente 1.5 bilhões de fiéis em todos os continentes, é liderada pela autoridade suprema do Papa, Bispo de Roma e sucessor do apóstolo Pedro. O atual Papa Francisco foi eleito em 13 de março de 2013 por um Colégio de Cardeais, após a renúncia do Papa Bento XVI em 28 de fevereiro do mesmo ano, seu nome de batismo é Jorge Mario Bergoglio, nascido na Argentina.
“Tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja” - A Igreja Católica é verdadeiramente APOSTÓLICA, que tem a sua origem no Evangelho de Jesus Cristo. ROMANA: porque foi fundada em Roma. É UNIVERSAL porque está em todo o mundo com o objetivo da salvação de todos.
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Igreja Católica
A Igreja Católica Apostólica Romana é uma Igreja cristã colocada sob a autoridade suprema do Papa, Bispo de Roma e sucessor do apóstolo Pedro, sendo considerado pelos católicos como o autêntico representante de Deus na Terra e por isso o verdadeira Chefe da Igreja Católica. Seu objetivo é a conversão ao ensinamento e à pessoa de Jesus Cristo em vista do Reino de Deus. Para este fim, ela administra os Sacramentos e prega o Evangelho de Jesus Cristo. Ela não pensa como uma Igreja entre outras, mas como a Igreja estabelecida por Deus para salvar todos os homens. Esta idéia é visível logo no seu nome: o termo “Católico” significa universal em grego. Ela elaborou sua doutrina ao longo dos concílios a partir da Bíblia, comentados pelos Pais e pelos doutores da Igreja. Ela propõe uma vida espiritual e uma regra de vida aos seus fiéis inspirada no Evangelho e definidas de maneira precisa. Regida pelo Código de Direito Canônico, ela se compõe, além da sua muito bem conhecida hierarquia ascendente que vai desde simples Diácono ao supremo Papa, de vários movimentos apostólicos, que comportam notadamente as ordens religiosas. Até o ano de 2005, a Igreja católica contava com aproximadamente um sexto da população mundial, distribuídos principalmente na Europa e Américas, como também em outras regiões do mundo.
Eclesiologia
A Igreja define-se pelas palavras do Credo Niceno - Constantinopolitano como:
Una - porque nela subsiste a única instituição verdadeiramente fundada e encabeçada por Cristo para reunir o povo de Deus, porque ela tem como alma o Espírito Santo, que une todos os fiéis na comunhão em Cristo e porque ela tem uma só fé, uma só vida sacramental, uma única sucessão apostólica, uma comum esperança e a mesma caridade.
Santa - por causa da sua ligação única com Deus, o seu Autor, porque "o Espírito Santo vivificou-a com a caridade" e porque ela é a "Esposa de Cristo", e que visa, através dos sacramentos, santificar, purificar e transformar os fiéis.
Católica - porque a Igreja é universal, é espalhada por toda a Terra, é portadora da integralidade e totalidade do depósito da fé, "leva e administra a plenitude dos meios de salvação", "é enviada em missão a todos os povos, em todos os tempos e qualquer que seja a cultura a que eles pertençam", e nela está presente Cristo ("Onde está Cristo Jesus, aí está a Igreja Católica", citação de S. Inácio de Antioqui).
Apostólica - porque ela é fundamentada na doutrina dos Apóstolos cuja missão recebeu sem ruptura. Segundo a Doutrina Católica, todos os Bispos da Igreja são sucessores dos Apóstolos e o Papa, Chefe da Igreja, é sucessor do "Príncipe dos Apóstolos", São Pedro.
Além disso, a Igreja, de entre os seus inúmeros nomes, também é conhecida por:
· Corpo de Cristo - porque os católicos acreditam que a Igreja não é apenas uma simples instituição, mas um corpo místico constituído por Jesus, que é a cabeça, e pelos fiéis, que são membros deste corpo único, inquebrável e divino. Este nome é assente também na fé de que os fiéis são unidos intimamente a Cristo, por meio do Espírito Santo, sobretudo no sacramento da Eucaristia. A Igreja Católica acredita que os cristãos não-católicos também pertencem, apesar de um modo imperfeito, ao Corpo Místico, visto que tornaram-se uma parte inseparável d'Ele através do Batismo - umas das bases do ecumenismo atual. Ela defende também que muitos elementos de santificação e de verdade estão também presentes nas Igrejas e comunidades cristãs que não estão em plena comunhão com ela.
Esposa de Cristo - porque o próprio Cristo "Se definiu como o «Esposo» (Mc 2,19) que amou a Igreja, unindo-a a Si por uma Aliança eterna. Ele entregou-se a Si mesmo por ela, para a purificar com o Seu sangue, para a tornar santa (Ef 5,26) e fazer dela mãe fecunda de todos os filhos de Deus".
Templo do Espírito Santo - porque o Espírito Santo reside na Igreja, no Corpo Místico de Cristo, e estabelece entre os fiéis e Jesus Cristo uma comunhão íntima, tornando-os unidos num só Corpo. Para, além disso, Ele guia, toma conta e "edifica a Igreja na caridade com a Palavra de Deus, o sacramentos, as virtudes e os carismas".
A Igreja Católica é constituída por 23 Igrejas autônomas, em ligação umas com as outras e subordinadas ao Papa que também é o Bispo de Roma, também chamado de Vossa Santidade, Sucessor do Apóstolo de Pedro e Vigário de Cristo, na sua qualidade de Sumo Pontífice da Igreja Católica, segundo a doutrina tradicional católica. Estas igrejas, dentro da sua autonomia, professam a mesma doutrina e fé, salvaguardada na sua integridade e totalidade pelo Papa. Mas, elas possuem diferentes particularidades histórico-culturais, uma tradição teológica e litúrgica diferentes e uma estrutura e organização territorial separadas.
O atual Papa é Bento XVI (nome de batismo Joseph Ratzinger) eleito em 19 de abril de 2005. O Papa também é conhecido como sucessor do apóstolo Pedro, sendo este o perpétuo e visível princípio e fundamento da unidade da Igreja Universal. O Papa é o vigário de Cristo, cabeça do colégio dos Bispos e pastor de toda a Igreja, sobre a qual, por instituição divina, teria poder, pleno, supremo, imediato e universal.
O Papa é eleito pelo Colégio dos Cardeais (o processo de eleição, que tem lugar na Capela Sistina, é chamado Conclave). Cada Papa continua no cargo até a sua morte ou até que abdique (o que aconteceu poucas vezes, e nunca desde a Idade Média).
O Colégio dos Cardeais é um conjunto de bispos católicos que são conselheiros especiais do Papa. Um presbítero (padre) pode ser nomeado Cardeal, desde que se "distinga em fé, moral e piedade". Se um cardeal que ainda não tiver sido ordenado bispo for eleito Papa, deverá receber a ordenação episcopal mais tarde. (ver a Constituição Apostólica Universi Dominici Gregis) Todos os cardeais com menos de 80 anos têm o direito de votar para eleger um novo papa depois da morte do seu predecessor. Os escolhidos para serem cardeais são quase sempre bispos, mas, no entanto o Papa concedeu no passado a presbíteros destacados (por exemplo, a teólogos) lugares de membro do Colégio, após ultrapassarem a idade eleitoral. A cada cardeal é atribuída uma igreja ou capela (e daí a classificação em bispo cardeal, padre cardeal e diácono cardeal) em Roma para fazer dele membro do clero da cidade. Muitos dos cardeais servem na cúria, que assiste o Papa na administração da Igreja. Todos os cardeais que não são residentes em Roma são bispos diocesanos.
Doutrina
A doutrina tradicional da Igreja Católica instituiu o que se chama de dogmas, sendo um dos mais importantes o dogma da Santíssima Trindade. Este dogma professa que Deus é simultaneamente uno (porque só existe um Deus) e trino (porque está pessoalizado em três pessoas: o Pai, o Filho e o Espírito Santo. A doutrina professa também a divindade de Jesus, que seria a segunda pessoa da Trindade, e que a salvação é através da fé em Jesus Cristo e por amar a Deus acima de todas as coisas e também ao próximo como a si mesmo.
A doutrina Católica está expressa e resumida atualmente no Catecismo da Igreja Católica. A doutrina professa que a Igreja constitui o Corpus Mysticum, em que Cristo seria a cabeça e os fiéis membros deste corpo único, inquebrável e divino para reunir toda a humanidade a caminhar rumo à vida no Reino de Deus, buscando juntos para a santidade. A doutrina católica professa que os cristãos não-católicos também pertencem, apesar de um modo imperfeito, ao Corpo Místico, visto que tornaram-se uma parte inseparável Dele através do Batismo.
Para os católicos, a fé em Deus inclui a sua adesão à doutrina por Ele revelada e transmitida pela Igreja, bem como ao conjunto de regras de vida propostas por essa mesma Igreja, que foi fundada e atualmente encabeçada por Jesus, o Salvador. Essa adesão tem por finalidade e esperança últimas à sua própria salvação e à implementação do Reino de Deus, um reino misterioso onde o Mal é inexistente e os homens salvos e justos, após a ressurreição dos mortos, passarão a viver em Deus, com Deus e junto de Deus.
Os Dez Mandamentos da Lei de Deus
Existem várias representações dos Dez Mandamentos (a Lei de Deus) devido à diversidade de traduções existentes. A mais utilizada é aquela ensinada atualmente na catequese de língua portuguesa da Igreja Católica:
· 1º Amar a Deus sobre todas as coisas.
· 2º Não invocar o seu Santo Nome em vão.
· 3º Guardar domingos de festas e guarda.
· 4º Honrar pai e mãe.
· 5º Não matar.
· 6º Guardar castidade nas palavras e nas obras.
· 7º Não roubar.
· 8º Não levantar falsos testemunhos.
· 9º Guardar castidade nos pensamentos e nos desejos.
· 10º Não cobiçar as coisas alheias.
Sacramentos
Dentro da fé católica, os sacramentos são gestos e palavras de Cristo que concedem graça santificadora sobre quem os recebe. A Igreja Católica tem sete sacramentos:
Batismo - é dado às crianças e a convertidos adultos que não tenham sido antes batizados validamente (o batismo da maior parte das igrejas cristãs é considerado válido pela Igreja Católica, contanto que seja feito "em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. A rigor, todo cristão pode, nessa fórmula, batizar validamente alguém. Entretanto, o batismo será ilícito, devendo o batizado ser levado na presença de um sacerdote, para que complete os rituais do sacramento, como a unção com a Crisma e com o óleo dos catecúmenos.
Confissão, Penitência ou Reconciliação - envolve a admissão de pecados perante um padre e o recebimento de penitências (tarefas a desempenhar a fim de alcançar a absolvição ou o perdão de Deus).
Confissão, Penitência ou Reconciliação - envolve a admissão de pecados perante um padre e o recebimento de penitências (tarefas a desempenhar a fim de alcançar a absolvição ou o perdão de Deus).
Eucaristia - (Comunhão) é o sacramento mais importante da Igreja. Por isso, recebe também o nome de Santíssimo Sacramento. É a crença de que, após a Consagração, o pão e o vinho oferecidos e consagrados se tornam realmente o Corpo e o Sangue de Jesus Cristo, sob as aparências de pão e vinho. Tal crença chama-se transsubstanciação.
Confirmação ou Crisma - o Espírito Santo, que é recebido no batismo é "fortalecido e aprofundado" através da imposição de mãos e da unção com santo óleo da Crisma. Na maior parte das igrejas de Rito Latino, este sacramento é presidido por um bispo e tem lugar no início da idade adulta (na maioria das vezes, quando se completam 15 anos). Nas Igrejas Católicas Orientais o sacramento do Crisma é geralmente executado por um padre imediatamente depois do batismo.
Matrimônio - é o sacramento que valida, diante de Deus, a união de um homem e uma mulher, constituindo assim uma família. Segundo a tradição católica, com base no Evangelho de São Marcos, o casamento é indissolúvel. Só é permitido um segundo casamento no caso da morte de um dos cônjuges.
Ordens Sagradas - recebem-se ao entrar para o sacerdócio, através da consagração das mãos com o santo óleo do Crisma e, no rito latino (ou ocidental), envolvem um voto de castidade enquanto que nos ritos orientais, os homens casados são admitidos como padres diocesanos, mas não como bispos ou padres monásticos. Em raras ocasiões, permitiu-se que padres casados que se converteram a partir de outros grupos cristãos fossem ordenados no rito ocidental. No rito ocidental, os homens casados podem ser ordenados diáconos permanentes, mas não podem voltar a casar se a esposa morrer ou se for declarada a nulidade do casamento. O sacramento das Ordens Sagradas é dado em três graus: o do diácono (desde Vaticano II um diácono permanente pode ser casado antes de se tornar diácono), o de sacerdote e o de bispo.
· Unção dos enfermos - era conhecida como "extrema unção" ou "último sacramento". Envolve a unção de um doente com um óleo sagrado dos enfermos, abençoado especificamente para esse fim.
Os Cinco Mandamentos da Igreja Católica
1. Participar da Missa aos Domingos e outras festas de guarda.
Na maior parte dos países ocidentais católicos os dias santos de guarda são:
- Santa Maria, Mãe de Deus - 1 de janeiro
- Santíssimo Corpo e Sangue de Cristo (Corpus Christi) data variável. (11 Junho 2009)
1ª quinta-feira após o domingo da Santíssima Trindade
1ª quinta-feira após o domingo da Santíssima Trindade
- Imaculada Conceição de Maria - 8 de dezembro
- Natal de Nosso Senhor Jesus Cristo - 25 de dezembro
2. Confessar-se ao menos uma vez por ano.
3. Receber o sacramento da Eucaristia, pelo menos na Páscoa.
4. Abster-se de comer carne e observar o jejum nos dias estabelecidos pela Igreja.
Dias de jejum: Quarta-feira de Cinzas e Sexta-feira Santa.
Dias de abstinência de carne: sextas-feiras da Quaresma.
5. Atender às necessidades materiais da Igreja, cada qual segundo as próprias possibilidades.
Estes cinco mandamentos, na sua forma atual, foram promulgados em 2005 pelo Papa Bento XVI, quando suprimiu o termo "dízimos" do
quinto mandamento (pagar dízimos conforme o costume), cujo sentido real era, obviamente, contribuição, não taxação.
quinto mandamento (pagar dízimos conforme o costume), cujo sentido real era, obviamente, contribuição, não taxação.
Críticas à Igreja
A Igreja Católica é uma entidade que tem mais de dois mil anos de história, sendo uma das instituições mais antigas do mundo contemporâneo. Historicamente, as críticas a esta Igreja já tiveram muitas formas e partiram de diversos pressupostos ao longo das gerações. Algumas vezes essas críticas tiveram grandes conseqüências, como as contestações morais e teológicas de Martinho Lutero no século XVI, que levaram ao nascimento do protestantismo.
Atualmente, as críticas são freqüentemente dirigidas a posições da Igreja sobre temas como bioética, sexualidade, matrimônio e pena de morte.
A Igreja Católica reconhece que erros graves foram cometidos por seus membros. No Jubileu dos 2000 anos, a Igreja pediu perdão pelos atos que considerou errados cometidos por seus membros.